Essa data tem uma força completamente conhecida pra qualquer pessoa da minha geração.
Em 2001, (isso mesmo já tem esse tempo todo) estavamos todos chocados com as imagens que viamos na televisão. Na época trabalhava em uma loja de classificados do Jornal O Globo em bonsucesso. Lembro que saí pra almoçar, assim como qualquer dia comum, e na volta vi um monte de grupinhos de pessoas olhando pras tvs sintonizadas em uma das maiores tragédias que o mundo pode assistir. Até entender o que estava acontecendo, o que demorou um pouco, parecia que estava passando o trailler de algum dos novos filmes do Spielberg. Imagens chocantes, brutas, estarrecedoras, mas não, não era ficção. Estava acontecendo de verdade naquele dia de sol. Minha primeira reação foi olhar pro céu, apesar de estar acontecendo milhares de quilômetros de bonsucesso, eu senti uma verdadeira sensação de desespero. Senti medo, me senti pequeno. Não sabia qual proporção de ódio que envovia o mundo, não sabia se ali, pequenininho, poderia ser alvo de algum ataque. Não preciso citar os detalhes da tragédia, são milhares de blogs e sites de notícia no mundo inteiro com imagens e descrição do fato, o que me interessa é o que estou pensando agora. Engraçado, pois enquanto escrevo estas maltraçadas linhas, a televisão anuncia um filme sobre essa mesma tragédia com o Nicolas Cage (isso nem ia entrar no texto, mas coincidências são assim). Ao mesmo tempo que lembro do passado, ainda tenho uma pontinha de medo de que tenhamos mais algum novo atentado terrorista, seja dia 11 de setembro ou qualquer outra data. O que quero dizer é o seguinte: Hoje, dia 11 de setembro de 2010, faremos um show beneficiente. Isso mesmo, não são só as tragédias terroristas que assolam o mundo. Nas chuvas de abril, muitas pessoas morreram no Rio de Janeiro. Muitas pessoas ficaram desabrigadas, e ainda estão.
Temos muitas promessas de Cidades da Música, comitês olimpicos, vilas do Pan, mas os desabrigados das chuvas ainda estão desabrigados. Pois bem, faremos um
show esperando arrecadar fundos para tentar tornar essa tragédia menor. Ainda não sei quantas pessoas vão comparecer, nem sei exatamente quantas pessoas ficaram sabendo desse show. Espero, espero mesmo, que seja sucesso. Não porque vamos estar no palco, mas porque a causa é muito nobre. Enquanto em algum lugar do mundo, algumas pessoas planejam derrubar a moral dos Estados Unidos, ou a grandeza da Religião católica, ou qualquer outra bobagem dessas, nós, pequenos mortais estaremos trabalhando pra que o sofrimento de algumas pessoas seja menor. E para que muitos sofrimentos sejam menores, espero, e espero mesmo, mais uma vez, que os bons pensamentos e que o lado humano das pessoas um dia se torne maior em todas as partes do mundo.
Tragédias deviam ser apenas seu time perdendo, ou não ter ganhado a Mega Sena. E olha que muita gente se dói de verdade com isso. Vá entender.
Em 2001, (isso mesmo já tem esse tempo todo) estavamos todos chocados com as imagens que viamos na televisão. Na época trabalhava em uma loja de classificados do Jornal O Globo em bonsucesso. Lembro que saí pra almoçar, assim como qualquer dia comum, e na volta vi um monte de grupinhos de pessoas olhando pras tvs sintonizadas em uma das maiores tragédias que o mundo pode assistir. Até entender o que estava acontecendo, o que demorou um pouco, parecia que estava passando o trailler de algum dos novos filmes do Spielberg. Imagens chocantes, brutas, estarrecedoras, mas não, não era ficção. Estava acontecendo de verdade naquele dia de sol. Minha primeira reação foi olhar pro céu, apesar de estar acontecendo milhares de quilômetros de bonsucesso, eu senti uma verdadeira sensação de desespero. Senti medo, me senti pequeno. Não sabia qual proporção de ódio que envovia o mundo, não sabia se ali, pequenininho, poderia ser alvo de algum ataque. Não preciso citar os detalhes da tragédia, são milhares de blogs e sites de notícia no mundo inteiro com imagens e descrição do fato, o que me interessa é o que estou pensando agora. Engraçado, pois enquanto escrevo estas maltraçadas linhas, a televisão anuncia um filme sobre essa mesma tragédia com o Nicolas Cage (isso nem ia entrar no texto, mas coincidências são assim). Ao mesmo tempo que lembro do passado, ainda tenho uma pontinha de medo de que tenhamos mais algum novo atentado terrorista, seja dia 11 de setembro ou qualquer outra data. O que quero dizer é o seguinte: Hoje, dia 11 de setembro de 2010, faremos um show beneficiente. Isso mesmo, não são só as tragédias terroristas que assolam o mundo. Nas chuvas de abril, muitas pessoas morreram no Rio de Janeiro. Muitas pessoas ficaram desabrigadas, e ainda estão.
Temos muitas promessas de Cidades da Música, comitês olimpicos, vilas do Pan, mas os desabrigados das chuvas ainda estão desabrigados. Pois bem, faremos um
show esperando arrecadar fundos para tentar tornar essa tragédia menor. Ainda não sei quantas pessoas vão comparecer, nem sei exatamente quantas pessoas ficaram sabendo desse show. Espero, espero mesmo, que seja sucesso. Não porque vamos estar no palco, mas porque a causa é muito nobre. Enquanto em algum lugar do mundo, algumas pessoas planejam derrubar a moral dos Estados Unidos, ou a grandeza da Religião católica, ou qualquer outra bobagem dessas, nós, pequenos mortais estaremos trabalhando pra que o sofrimento de algumas pessoas seja menor. E para que muitos sofrimentos sejam menores, espero, e espero mesmo, mais uma vez, que os bons pensamentos e que o lado humano das pessoas um dia se torne maior em todas as partes do mundo.
Tragédias deviam ser apenas seu time perdendo, ou não ter ganhado a Mega Sena. E olha que muita gente se dói de verdade com isso. Vá entender.
Nenhum comentário:
Postar um comentário